pro.cras.ti.nar: verbo, deixar para fazer algo mais tarde sinônimos: empurrar com a barriga, deixar pra depois, protelar, demorar, deferir, espaçar, usar delongas... Do infinitivo latino procrastinare. Eu procrastino Tu procrastinas Ele procrastina
quarta-feira, 4 de março de 2009
Esquerdista!
Antes de qualquer bobagem que eu vá dizer, gostaria de agradecer a consideração do querido TONY GÓES por ter citado e linkado meu Blog em seu espaço. De verdade, é mais que uma honra pra mim, porque eu criei esse blog com o único objetivo de exprimir minhas opiniões sem ficar enchendo o saco do TONY e de outros blogayros nos comentários. Então fico mais que agradecido a esse homem que espalha finéssie por onde passa. Mas vamos lá:
Não sei se me considero Petista roxo. Eu creio que o partido é um instrumento real, tangível, prático, para realizar as mudanças e progressos necessários à sociedade brasileira; se isso é ser petista roxo então talvez eu seja. Lembro que certa vez, uma amiga muito inteligente minha, que atualmente mora no japão e que eu morro de saudades, ao saber que eu era filiado na época ao PC do B disse com um sorriso zombeteiro - " você é esquerdista???". Naquele momento senti um certo constrangimento, pois era a primeira vez que sentia a repulsa gratuita pela minha posição política e ao mesmo tempo que passei associar esse vocábulo "esquerdista" como algo pejorativo. Vale trazer uma rápida lembrança de onde deriva esses termos esquerda e direita, eu sei que a maioria sabe, mas é sempre bom lembrar . Na revolução Francesa, os jacobinos (favoráveis a uma revolução de baixo pra cima, com a dissolução completa da burguesia da época e a tomada do poder pelo terceiro estado) sentavam-se a esquerda da assembléia, e os girondinos (revolucionários burgueses) sentavam-se à direita, nascendo então essa separação. Ser de esquerda, no meu reles entendimento, significa pensar no Homem como um ser coletivo, em que não há o bem individual sem pensar antes no bem comum, que a busca do bem comum resultará fatalmente no bem individual. Já à Direita e seus amigos Hobbes e Locke vem no sentido oposto, com o princípio que o homem é o Lobo do próprio homem, e que se deve buscar o bem individual antes do coletivo, resultando num acúmulo de riquezas Geral; princípio do qual eu não compartilho nem um pouco. Sempre que fazemos essas separações categóricas caímos no perigo do maniqueísmo, mas sob o meu ponto de vista, há sim muita verdade nas constatações de Marx. Não concordo com sua estrutura societária e seu sistema de economia planificada, não acho mais praticável nos dias de hoje. Seria praticável na Inglaterra do século XIX ou na Alemanha. Disso saíram muitas tentativas tortas mas que com certeza ajudaram na evolução da Humanidade. Concordo com Marx em suas constatações da supressão do matriarcado pelo patriarcado, e da perpetuação de uma única Classe dominante abastada ás custas de uma imensa maioria que só se ferra. Isso pra mim é tão certo quanto 1+1; são talvez fases da humanidade necessárias, porém malévolas e atrasadas e precisam ser combatidas da melhor forma possível. Trazendo isso aqui pra nossa realidade Tupiniquim, temos uma classe de senhores feudais que ainda se encontra no poder, o nosso querido presidente do senado é um, e essa classe tem estado por aê desde que os índios descobriram que espelho não é obra divina de Tupã. E o PT, com todos os seus problemas, é a única força capaz de fazer frente a essa estrutura, sob a minha ótica, claro! Portanto, essa é a minha razão falando... de forma muito chula digamos assim... então, Tony querido, talvez você tenha razão, você é racional e eu Petista, até porque existe aquela máxima "se você aos 20 não é comunista é porque não tem coração e se aos 40 não for capitalista é porque não tem cérebro". Não estou te chamando de velha, pelo amordi, já disse que você é um tesão, inclusive! Mas é fato que eu pertenço a outra geração e estou no auge das casas 20. Quem sabe eu chegarei daqui a 15 anos tacando pedra nas sedes do MST, até porque é bem comum isso acontecer na história; mas também posso seguir e ser um Niemeyer e ter os ideais sempre sólidos. O que posso afirmar com alguma certeza, coisa relativa, bem relativa mesmo, é que sempre vou pensar que o homem é um ser coletivo, que o bem do próximo é o bem de si mesmo, e que não há como eu apenas pensar no meu sem antes pensar no dele. Acho que é isso. No mais tentarei falar aqui de outras coisas a não ser política, porque também, né? haja!!!
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