sexta-feira, 21 de agosto de 2009

FFHH: Candidatura de Marina é um avanço


Poucas palavras que esclarecem e resume as razões e os efeitos a respeito da desistência de Marina Silva da legenda petista. Um histórico hollywoodiano. Muita coragem, força, determinação, honestidade e outros jargões de efeito político, Marina foi um dos maiores orgulhos do partido, unanimidade durante a posse em 2003 e talvez a única representante de peso da região Norte. É triste vê-la sair. Principalmente pelas razões e pelas novas alianças. Entendo que viver numa utopia verde seja frustrante, tentou impor suas resoluções que iam de encontro com o progresso econômico e social almejado pela maioria do partido. A balança pengou mais para o idealismo distante e menos possível, pior, viu seu cargo ser tomado por alguém de atitude, emblemático, falastrão (no bom sentido), sem medo de dizer o que vem a cabeça, Carlos Minc logo no primeiro mês mostrou-se um PMDBista de destaque.
Creio que pese agora um tanto de ciúmes e rancor em relação ao partido. Só isso explica aliar-se às forças dimetralmente opostas à toda e qualquer ideologia do PT. O PV nasceu, em alguns estados, de uma dissidência do PT, mas no parlamento, ao longo do tempo, viu suas atitudes serem mais análogas ás do coronelismo que ás forças progressistas. Passou-se a fazer uma oposição sistemática na tentiva de desqualificar e desequilibrar o governo petista, mesmo que para isso fosse necessário dar ás mãos a Sérgio Guerra, Virgílio e todo o restante da corja. E é com essas gente que Marina agora torna-se "cúmplice", evidenciado ainda mais pelo seu projeto pessoal de busca pelo poder, fazendo os gostos dos oposicionista que enxergam em seu ato uma chance de ver importantes votos da esquerda serem repartidos para o PV. Não é a toa que o PIG e o FFHH achem um avanço a sua postura. Um avanço ao atraso. Enquanto isso vemos o PIG desesperado, sem ter mais pra onde correr, cria o velho denuncismo. Esse povo joga com o que tem né? O que fazer quando não mais há crise e o presidente continua sólido e inabalável? desespero, factóides frustrados e vistas cegas ao que realmente importa.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Custas


De chefe 1° da redemocratização à réu de um consórcio midiático. Chegou o ex-presidente, com mais de 80 anos, a uma lamentável situação, vendo sua carreira manchada pelos ataques ás suas entranhas, através de fatos há muito já conhecidos pela velhinha de Taubaté. Choquem-se!Sarney contrata gente da família ao lavoro parlamentar, aumentando o patrimônio, já bem pançudo, do clã maranhense. Fiquei tão chocado com essa notícia assim como fiquei ao saber do destino das doações dirigidas ao império de Edir Macedo. Construir e fazer valer um planejamento partidário de alcance nacional pressupõe árduos sacrifícios, dividendos que tocam o fundo dos ideais. Mas o ideal é sempre uno, os aspectos objetivos tendem a um ponto maior, abrangente e de valor inestimável.Fato: qualquer força política que queira fazer-se sentir nesse país terá que arreganhar-se ao PMDB. Pelo menos enquanto ainda estivermos subalternos a este parlamento que aê está. Sem ele não há maioria, não há suporte político, não há governabilidade. Os projetos veriam um triste fim nas deliberações do legislativo, algo a ser apurranhado na cabeça do brasileiro que acha que o poder do chefe do executivo é quem faz lei. O voto partidário e a ligação entre esse e o escolhido para o executivo é que, talvez, dê melhor coesão ás pretensões do eleitorado. Este senhor, resquício do Feudalismo brasileiro, é comandante de mais da metade do PMDB, que alinham-se moral e eticamente a sua estrutura de fazer política. É nepotismo, corrupção, jeitinho brasileiro, enfim, uma série de aspectos que mostram uma fotografia de um país do passado. Muito positiva é a reação forte daqueles que se acham letrados e não mais aturam esses percalços no nosso sistema político. Assim, vão sentindo que tal fato, mesmo que mais que sabido, não deve e não pode ser aceito, e cada vez mais vamos dando transparência, vigilância e cuidado com os atos dos nosso representantes. Mas nesse exemplo, tal postura foi usada como objeto, feito uma vassoura de limpar privada, com único propósito eleitoreiro. Uma ação conjunta montada estrategicamente visando o pleito de 2010. Portanto, se há embate e estratégia de ataque, nada mais natural que a simples defesa, mesmo que essa não queira contra-atacar. Ao crucificar Sarney, a oposição viu a oportunidade de plantar fissuras no núcleo governista, e só tinha a ganhar, seja essa uma batalha ganha, visto as qualificações do crucificado. Se Sarney saísse, o governo perderia uma preciosa aliança para 2010 e boa parte de seus sustentáculos, se ficasse, o governo veria-se constrangido perante a opinião-leitora da veja-pública, em ter que reforçar apoio ao senador, dada a sua importância. São esses os fatos, foi essa a jogatina do bloco oposicionista. Coube ao governo, sobretudo aos membros do PT, a melhor forma de responder e agir. Primeiro, fazer surtir os menores efeitos possíveis. Se o desafio proposto foi ter coragem em nome de uma determinação maior, dar apoio ao Sarney, então apoio será dado. Segundo, mostrar quais as razões, e não se deixar contaminar com receio do apoio dado. Agir com unidade, sem permitir a intenções desejada pela oposição, sem pensar nos projetos políticos pessoais. Foi esse o erro de Mercadante e de Flávio Arns. Não tiro a razão de suas vergonhas, mas apenas acho que tiveram uma visão um pouco limitada. Estamos lidando com Globo, Abril e outros formadores de opinião, senadores controladores de grande teia de veículos de comunicação. Ao nosso lado temos a estabilidade econômica e uma lista de desafios já superados. Sem saber, a oposição e o PIG aumentaram o prestígio do governo ao apostar fichas na crise econômica, pois foi-se a crise e o governo sai como um bom gerenciador em épocas pouco favoráveis, qualidade de extremo peso eleitoral. E ocorre novamente a mesma coisa com o SarneyGate, o povão pouco sabe o que ocorre na casa, a classe média tem raza noção, mas nutre pelo presidente sentimento de alta estima (devido ao volume acumulado no bolso) e sabe que ele não apoiaria se não fosse por um bem maior, apenas fica com raiva dessa classe representada pelo senador feudal ao ver o presidente refém de semelhantes entidades. Pior para oposição, ainda mais para o DEM que é formado unicamente por essa espécie de sugador social, acha-se comprometido cada vez mais o seu futuro como representantes do povo.

sábado, 15 de agosto de 2009

Voltei!


E estava com saudades do meu instrumento de livre expressão. Sem respostas. Sem perguntas, que não aquelas por mim mesmo respondidas.
Não faltou vontade nem assuntos, mas me livrei de um cansaço inútil em relação a mais uma campanha "estardalho/PIG 2010- por um país mais Serrado". Senti a tranquilidade do anonimato ser atacada pelo fato de que algumas pessoas, mesmo que próximas, estarem acompanhando aqui. Devido à uma natural opressão que sentimos ao estar sendo acompanhados; e então o instrumento passa a não ser tão livre assim. Senti-me constrangido... tadinha! Passei por um tempo recluso. De coragem e de concatenação, porém não pouco salutar. Mas recolher-se a si mesmo é preciso frequentemente. O estoicismo de Sêneca nos pontuou há milênios a necessidade da reclusão da alma, já que a conviência social, sobretudo aquelas de intenso contato, nos trazem perturbação ao nosso equilíbrio, desperta os sentidos, irrita a fraqueza, abre feridas cicatrizadas e criam outras chagas a serem curadas. A solidão nos traz a vontade da multidão sendo uma a outra antídotas, solucionando-se entre si. Voltei à multidão cibernética e à exposição. Muito Dilmão, muito PIG, muito serrote e muita ferveção. Voltei!