
De chefe 1° da redemocratização à réu de um consórcio midiático. Chegou o ex-presidente, com mais de 80 anos, a uma lamentável situação, vendo sua carreira manchada pelos ataques ás suas entranhas, através de fatos há muito já conhecidos pela velhinha de Taubaté. Choquem-se!Sarney contrata gente da família ao lavoro parlamentar, aumentando o patrimônio, já bem pançudo, do clã maranhense. Fiquei tão chocado com essa notícia assim como fiquei ao saber do destino das doações dirigidas ao império de Edir Macedo. Construir e fazer valer um planejamento partidário de alcance nacional pressupõe árduos sacrifícios, dividendos que tocam o fundo dos ideais. Mas o ideal é sempre uno, os aspectos objetivos tendem a um ponto maior, abrangente e de valor inestimável.Fato: qualquer força política que queira fazer-se sentir nesse país terá que arreganhar-se ao PMDB. Pelo menos enquanto ainda estivermos subalternos a este parlamento que aê está. Sem ele não há maioria, não há suporte político, não há governabilidade. Os projetos veriam um triste fim nas deliberações do legislativo, algo a ser apurranhado na cabeça do brasileiro que acha que o poder do chefe do executivo é quem faz lei. O voto partidário e a ligação entre esse e o escolhido para o executivo é que, talvez, dê melhor coesão ás pretensões do eleitorado. Este senhor, resquício do Feudalismo brasileiro, é comandante de mais da metade do PMDB, que alinham-se moral e eticamente a sua estrutura de fazer política. É nepotismo, corrupção, jeitinho brasileiro, enfim, uma série de aspectos que mostram uma fotografia de um país do passado. Muito positiva é a reação forte daqueles que se acham letrados e não mais aturam esses percalços no nosso sistema político. Assim, vão sentindo que tal fato, mesmo que mais que sabido, não deve e não pode ser aceito, e cada vez mais vamos dando transparência, vigilância e cuidado com os atos dos nosso representantes. Mas nesse exemplo, tal postura foi usada como objeto, feito uma vassoura de limpar privada, com único propósito eleitoreiro. Uma ação conjunta montada estrategicamente visando o pleito de 2010. Portanto, se há embate e estratégia de ataque, nada mais natural que a simples defesa, mesmo que essa não queira contra-atacar. Ao crucificar Sarney, a oposição viu a oportunidade de plantar fissuras no núcleo governista, e só tinha a ganhar, seja essa uma batalha ganha, visto as qualificações do crucificado. Se Sarney saísse, o governo perderia uma preciosa aliança para 2010 e boa parte de seus sustentáculos, se ficasse, o governo veria-se constrangido perante a opinião-leitora da veja-pública, em ter que reforçar apoio ao senador, dada a sua importância. São esses os fatos, foi essa a jogatina do bloco oposicionista. Coube ao governo, sobretudo aos membros do PT, a melhor forma de responder e agir. Primeiro, fazer surtir os menores efeitos possíveis. Se o desafio proposto foi ter coragem em nome de uma determinação maior, dar apoio ao Sarney, então apoio será dado. Segundo, mostrar quais as razões, e não se deixar contaminar com receio do apoio dado. Agir com unidade, sem permitir a intenções desejada pela oposição, sem pensar nos projetos políticos pessoais. Foi esse o erro de Mercadante e de Flávio Arns. Não tiro a razão de suas vergonhas, mas apenas acho que tiveram uma visão um pouco limitada. Estamos lidando com Globo, Abril e outros formadores de opinião, senadores controladores de grande teia de veículos de comunicação. Ao nosso lado temos a estabilidade econômica e uma lista de desafios já superados. Sem saber, a oposição e o PIG aumentaram o prestígio do governo ao apostar fichas na crise econômica, pois foi-se a crise e o governo sai como um bom gerenciador em épocas pouco favoráveis, qualidade de extremo peso eleitoral. E ocorre novamente a mesma coisa com o SarneyGate, o povão pouco sabe o que ocorre na casa, a classe média tem raza noção, mas nutre pelo presidente sentimento de alta estima (devido ao volume acumulado no bolso) e sabe que ele não apoiaria se não fosse por um bem maior, apenas fica com raiva dessa classe representada pelo senador feudal ao ver o presidente refém de semelhantes entidades. Pior para oposição, ainda mais para o DEM que é formado unicamente por essa espécie de sugador social, acha-se comprometido cada vez mais o seu futuro como representantes do povo.
Como alguém que já votou e muito no PT, entristeço-me com o apoio ao Sarney e PMDB tão irrestritos.
ResponderExcluirMas admito que o PSDB fez jogada política para ganhar a presidência do Senado.
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