Essa é a área que escolhi, aos 17 anos, seguir por toda essa minha existência. Direito, entendo eu, é todo o conjunto de norma que rege a sociedade. Todas as sociedades. O conjunto humanitário inteirinho desse Globo. É um perrengue ainda necessário. Penso que a Humanidade terá chegado ao seu ponto mor de perfeição no dia em que não houver mais Advogados na Terra. Nada contra a minha classe, apesar dela ser representada por uma das filiais do Inferno, a OAB. É que esse dia somente chegará a partir do momento em que os litígios entre nós deixarem de existir, ou seja, se você é advogado, como eu, temos muito, mas muito tempo para exercer nossas técnicas jurídicas, incontáveis gerações pela frente, relaxe! Costumamos ligar os Advogados aos seres parasitas; ervas daninhas que se alimentam da desgraça alheia. Em muita parte isso é a mais pura verdade. Mas também existimos para ajudar pessoas aflitas. Não penso em atuar, ainda, no setor público; acho que tenho muito a contribuir com a comunidade sendo simplesmente Advogado. Trabalhadores injustiçados, pais vendo seu pátrio poder se esvaindo sem razão, empresas com potenciais que se perdem, milhares de presidiários, enfim... São muitas as chagas da humanidade, que se forem para serem resolvidas dentro da civilidade por nós alcançada, será sempre necessário um técnico em leis para nos amparar perante o poder coercitivo, estatal e privado, diminuindo dores e sofrimentos.
É engraçado ver as pessoas se revoltarem dizendo “por que chamar advogado de doutor?”. Primeiro, quem é doutor é quem faz e concluiu doutorado. Nem se você fizer medicina e não conquistar esse título você será um doutor. Mas costumou-se a chamar doutor porque antigamente ou você fazia medicina ou fazia Direito. Daê que você chegava triunfante, estilo Tieta, em sua cidadezinha, formado, e as pessoas ligavam o curso de graduação, o saber acadêmico, com “Dotô”. Então nos deixem que é gostoso ser dotô sem doutorado.
É uma área complicada para quem é ligado a forma livre de pensar e de ser. A galera dessa área é mais ligada à forma do que ao conteúdo. É tanto vislumbre que dá um banho nas irmãs carudas da The Week. Esquecem dos princípios fundamentais de Direito. Mas tendo consciência disso, você aprende a não se importar. Percebe que é um problema do outro e não seu, e se sustenta em sua razão sem mudar a forma de ser, agir e pensar.
Estou debutando e espero fazer a diferença. Meu objetivo principal não é os ganhos e bens materiais que vou conquistar, isso será resultado secundário, se vier. Espero influenciar as pessoas com todos os meus conceitos, minhas opiniões e vivências de alguém inexperiente e cheio de sonhos ainda. Boa sorte a mim.
pro.cras.ti.nar: verbo, deixar para fazer algo mais tarde sinônimos: empurrar com a barriga, deixar pra depois, protelar, demorar, deferir, espaçar, usar delongas... Do infinitivo latino procrastinare. Eu procrastino Tu procrastinas Ele procrastina
quinta-feira, 12 de março de 2009
Direito
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Olá, encontrei seu blog por acaso, e adorei o texto sobre a nossa profissão.O seu pensamento espontâneo flui na leitura.Parabéns!
ResponderExcluirE diante do que li, tomei a liberdade de seguir o seu blog e deixo o meu para visitá-lo se assim desejar.http://nailamarcia.blogspot.com/
Bom dia!
Olá, também encontrei seu blog por acaso. Também sou estreante e partilho dos mesmos sentimentos que você!
ResponderExcluirabraços, e boa sorte!