quarta-feira, 25 de março de 2009

Clô Hernandes


O corpo do Clô já passou do estágio de saponificação e agora que eu vou falar dele. Normalz, PROCRASTINANDO! Sentirei muitas saudades do Clodovil, mesmo com todos os seus destrambelhos. Vejo agora nessa figura um Lutador. Fiquei com muita fúria em 2006 quando o decujus foi eleito deputado em detrimento de Iara Bernardi; por aproximadamente 3 mil votos a companheira foi sequer para suplência. Agora ficam as bichas aê clicando "petição on line" pra dar andamento ao seu projeto na câmara. É isso, né? Povo quer ver um Harvey Milk no Brasil mas quando aparece um político realmente sério e comprometido, que realiza projetos contundentes como a criminalização da homofobia (PLC 122 Iara bernardi-PT) ou casamento gay (martão), vira meio que inimigo da viarada fina da região. Não sei o motivo, talvez por serem mulheres ou por serem do PT, enfim, o fato é que eu trabalhei duro em 2006 para tentar algo com a Dra. Iara e, né? nem em sua plataforma eleitoral ela conseguiu ir bem. Enquanto que uma louca amarga arrebatava mais de milhão de votos, levando consigo toda a corja de uma sigla de aluguel. Gente, PTC?? peloamordi! Super que todos ali são trabalhistas e cristãos!!! MAS, sublimemos. Creio que Clô tenha realizado uma tarefa importante em nossa cultura ao seu modo. Ele foi um revolucionário e a eleição de 2006 foi prova disso. Conheço muitas tias conservadoras que votaram nele, não naquele esquema de "voto protesto", mas por acharem que ele era inteligente, sincero e daria um bom político, segundo seus beemmm limitados julgamentos. Pessoas que colocaram a questão da condição sexual em 5ª plano. O ruim é que tive muitos amigos que votaram nele achando que estavam fazendo algo pela comunidadchi! OWW JESUS! Eu achava a bicha engraçada e inteligente também, mas imagino o quanto de preconceito que sofreu a coitada. Por isso devemos entender a sua amargura. Nunca vi Clodovil feliz, como já disse um jornalista por aê, estava sempre atacando algo, se sentindo o dono da razão e das verdades absolutas, dizendo que era feliz e que ninguém tinha nadas a ver com isso. Entendo que sua experiência de vida o tenha levado ao negativismo e à negação de si próprio. Seus discursos eram dignos da TFP (Tradição, Família e Propriedade) e de seu mestre, Olavo de Carvalho. Deveria se sentir solitário em sua causa, meio sem família, só falava da mãe e não cansava de gritar aos 4 cantos que viu o pai dando o cu ao bisbilhotar a fechadura do quarto. Ele foi fruto de uma época difícil, mas muito inovador. Acreditava em velhos conceito como na família tradicional de papai, mamãe e escadinha de filhinhos, como se essa fosse a única forma de convivência familiar. Torço que agora ele esteja revendo seus conceitos ultrapassados e esteja tendo consciência de sua real contribuição à nossa sociedade. Torço pela sua glória e espero um dia poder sentir sua irreverência novamente. Saudades do Clô!

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