França, francês e violino.

E em retribuição ao ano do Brasil na França, nesse ano temos o ano da França no Brasil, com programações culturais mil. Sábado passado tivemos no parque da Luz (que parque lindo! SP sempre me surpreendendo) uma exposição exótica, com globos feito por jarrinhos inflamantes, esculturas, fogo pra tudo quanto era lado, fogo, fogo, muito fogo! Bem impressionante mesmo o lance. A trilha sonora ficava por conta de uns tocadores de música celta, genuínos da Gália. Fosse eu na minha época gothz ( pois é, eu me pretendia "gótico", assunto pra dispois) já ia querer uns absintos contrabandeados, uns RPG e ficar recitando Augusto dos Anjos, música celta era meu estilo preferido na época. Bléhh!

Adorei também ver o povo, que não sai lá do miolo da cidade, se locomovendo até a Luz, compartilhando espaço com a malocada da região, nossa, aqueles estavam bem! Foram presenteados com um visú lindo pra colocação deles. Querem vivenciar uma aventura daquelas? Se joguem pelas proximidades da Luz numa sexta à noite. Gente, você jura que todos os mendigos do mundo estão em confraternização e planejando dominar a cidade. Uma vez, tentando descobrir onde era o Mary Pops, me enfiei lá! Não passava uma agulha....
Mas olhando aquele fogaréu todo, fervido como eu sou, já fiquei imaginando uns set list com Djs bafoneiros tocando naquele ambiente ali, nossa, viagens forever! Daê que eu estava numa semana bowwa e o que tudo indica, o mal me perseguia. Primeiro Maluf pelos elevadores, depois, andando em meio a aquele inferno todo, eis que ouço um cortejo meio fúnebre, sombrio, um silêncio, só passos vindos a minha direção, no meio do povo que caminhava, uma careca reluz, refletindo as chamas que invadiam o parque... tratava-se do nefasto José Serra! Acompanhado de seu fiel amigo, Gil Gayssab (mas que na primeira oportunidade o tungará sem dó! stillus Serra de ser), Menina, chega me arrepiei todo! Por um minuto, diante daquele cenário ali, imaginei ter morrido e ter dado de cara com Satanás em pessoa, em seu reino de trevas, trevas!!! Já tinha tido o choque de encontrá-lo,e o pior, viajar de avião, side by side, em 2001. Eu era vestibulando de medicina e estava voltando de Campina Grande-PB (ficar tentando medicina USP nem era!) e o avião fez escala em Brasília levando, o então ministro da saúde, Joe Serra! Leu um jornal, comeu o lanchin, que na época era delícia os lanches da Varig, e bateu mór ronco. O eu de então era mais esquerdóide que hoje, então, imagine! hehehe... enfim, Serra é assunto pra depois, e como eu terei que falar e pensar nesse se!! Senhor!
Bora falar da França. A-d-o-r-o aquele país. Aparece na história como uma das primeiras grandes resistências ao império Romano, passa pelo absolutismo e tem em sua revolução as passagens mais orgásticas pra quem é chegado numa justiça vingativa. Devemos a eles os princípios básicos da modernidade ocidental. Carta de Direitos Fundamentais fala fazendo biquinho. Além de todos os iluministas, a arquitetura, a música, enfim, sou master fã. Daê, quis o destino que eu me acabasse de paixão por alguém que tem proximidades deveras com a Gália. Morou lá, fala francês perfect, vai com a família todo ano, e pimba! Acabei conhecendo boa parte do país! Inesquecível!
Tudo isso pra dizer que eu cheguei a uma conclusão. Enquanto caminhava por aquela exposição fervida, tive um desejo, e deixando aqui positivado crio um certo compromisso. Decidi que vou aprender Francês ( oras, como assim ele fala e eu não?aloka) e quero também pegar umas aulas de violino! Uma das músicas minha vida, do filme Réquiem para um sonho, é no violino, e eu quero aprender a tocar essa música que arrepia até os cabelos do cu ( falando nisso, Matinéé Group me presenteou grandão no carna em floripa tocando uma versão dessa música no meio daquela pancada toda) , além do que, sempre achei luxo violino e sempre tive vontade de aprender a tocar algum instrumento meio erudito.
O bom disso é que de fome não morreremos mais, pois como é sabido, ele toca piano. Se caso eu vir a aprender a violinar bem, a orquestra tá feita! Se nada der certo, a gente rasga o RG e se joga pelas estações da linha verde pra receber uns trocados. Ele nos teclados (porque, tipos, tacar um piano numa estação de metrô dá trabalho!) e eu no violino. Gente, que poético, quero essa opção pra ontem! Só garantindo a comida do dia e a ferveção do findi. Ai, chega de devaneio.